Antes da língua de sinais, os surdos eram considerados ineducáveis e a comunicação era muito mais difícil. No entanto, Eduard Huet, um francês com deficiência auditiva, veio ao Brasil a convite de Dom Pedro II com o objetivo de abrir a primeira escola para surdos no país, o Instituto de Surdos Mudos – apesar do termo ser incorreto.
A vinda de Huet foi o primeiro passo para o surgimento de Libras, a partir de um misto entre a já existente Língua Francesa de Sinais e os gestos populares utilizados por surdos no dia a dia. A escola funciona até hoje, agora com o nome de Instituto Nacional de Educação de Surdos. No entanto, em 1880 houve um congresso em Milão que proibiu a língua de sinais em todo o mundo. Na época, acreditavam que a leitura labial era a melhor opção. Apesar da decisão equivocada, o uso dos sinais já tinha se popularizado e prosseguiu informalmente.
No Brasil, a regularização do idioma foi proposta em 1993, e aceita em 2002. Depois disso os progressos foram acontecendo. Em 2004, entrou em vigor a lei que determinada a obrigatoriedade de recursos visuais e legendas em anúncios e propagandas governamentais. Em 2008, foi instituído o dia Nacional dos Surdos, 26 de setembro. Em seguida a profissão de Tradutor e Intérprete de Libras foi regulamentada no país, em 2010.
Profissionalização e mercado de trabalho
Um tradutor e intérprete de Libras tem como função auxiliar na comunicação entre pessoas surdas e ouvintes. Por isso, é importante em diversos âmbitos. Para exercer a profissão, o estudante deve ter ensino médio completo e realizar um curso profissionalizante, que dura, em média, dois anos. Além disso, algumas instituições oferecem, no curso de Letras, a extensão em Libras. Quando se trata do mercado de trabalho, o intérprete pode atuar em qualquer instituição que a profissão se faça necessária. Escolas e faculdades são as principais instituições com tradutores e intérpretes.